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"O amor é a melhor música na partitura da vida. Sem ele,você será um eterno desafinado no imenso coral da humanidade. O amor valoriza as pequenas coisas de cada dia,sacralizando o efêmero, o temporal. As profundas experiências de amor são experiências de Deus, na terra dos homens. O amor tem gosto de eternidade."

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A MÃO DE DEUS


Depois de 75.000 abortos, encontrei a fé e o perdão de Deus.

            “Nasci na fé judaica e da tradição hebraica. Por uma série de circunstâncias, perdi a fé completamente na minha infância e adolescência, a ponto de ser chamado judeu ateu. Então sem moral centrada em Deus, e uma moral relativista, pus-me, imediatamente, a serviço do pior e mais completo dos males, o ataque à vida.

            Fui um dos organizadores do NARAL, nos Estados Unidos, que era grupo cabalístico para lutar contra  todas as leis que se opunham ao aborto. Percorri os Estados Unidos inteiro e  estive em outros países , nesta cruzada a favor do aborto. Fui diretor da maior clinica de abortos do mundo ocidental e durante dois anos fui responsável por 75.000 abortos. Até que, no inicio dos anos 70, quis compreender melhor, cientificamente, o ciclo de vida desse pequeno ser humano que se encontra no ventre materno.

            Uma série de informações me foram convencendo de que se tratava de um ser humano em toda a extensão da palavra. Era alguém que tinha moral, dignidade, e que necessitava de proteção e intervenção. Contudo, não foi tanto a informação cientifica, mas a mão de Deus em mim. Foi Deus que me fez compreender essa informação. Com o passar do tempo, todas as razões sociais e médicas para o aborto, não as aceitava mais. Atualmente creio que não há razões sociais, econômicas, médicas e psicológicas para o aborto; não há razão alguma.

            Tive  então a oportunidade de compreender minha missão de médico e doutor, através da leitura da Encíclica do Beato Papa João Paulo II em que afirma que a missão de gerar a vida não deve estar exposta à vontade arbitrária do homem. Deve-se reconhecer os limites invioláveis do homem quanto ao seu corpo que ninguém é permitido ultrapassar.

            Minha conversão cientifica e médica à vida exigia dois elementos:
1.  Converter-me-ia em defensor da vida, publicamente, da mesma forma como antes participava de sua destruição.
2.  A busca da fé, em que poderia basear mais firmemente minhas convicções em favor da vida. Não basta compreender que não devemos matar. Sou contra toda forma de assassino e pena de morte e  guerra. Não matar é mandamento, dom precioso de Deus, relativo a sua criação perfeita: o homem.
 
            Tornei-me porta-voz da defesa da vida, porém apresento-me aos senhores com o sangue de 75.000 vidas inocentes em minhas mãos. Uma dessas vidas é a do meu próprio filho. Falhei também como esposo com vários casamentos falidos, falhei como pai, como médico. Não podia suportar esse peso moral intolerável, inimaginável, para continuar vivendo.

            Uma vez mais, porém, a mão de Deus ajudou-me, e um sacerdote amigo-me a sair do nada.Ele perguntou-me se gostaria de conversar com ele, e eu aceitei. Nossas conversas duraram cinco anos e me levaram a compreender que no sofrimento e no amor infinito de Cristo encontraria o que  estava buscando: a fé, o perdão, a absolvição e a vida eterna. A cristandade me mostrou o posição primordial da morte no mundo dos homens e o ápice da perfeição humana: amar infinitamente e que o mundo não é como alguns cientistas seculares dizem: acontecimento insignificante.

            Não somos uma espécie de segundo pensamento num mundo vazio. Os cientistas sem dúvida, trabalham com a razão, mas esta deve aperfeiçoar-se com o auxilio da fé.

            Permitam-me concluir meu testemunho, dizendo-lhes:” O amor é o poder mais duradouro deste mundo. Esta força criadora, tão formosamente exemplificada na vida de Cristo, é o instrumento mais poderoso disponível da busca da humanidade, pela paz e pela justiça”.
 
 

Testemunho dado pelo Dr. Bernard N. Nathanson. Ele é médico ginecologista e obstetra na cidade de Nova Iorque. Grande defensor dos direitos dos nascituros. Maior advogado no mundo da vida no seio materno.

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