Pedi e recebereis, buscai e
achareis, batei e abrir-se-vos-á. Eis um dos ensinamentos de Jesus sobre a
oração. Muitas vezes não sabemos pedir porque obrigamos a Deus realizar o que
queremos. Outras vezes nossos pedidos são egoístas. Jesus atesta que o Pai não
negará o Espírito Santo a quem lho pedir. Vamos refletir hoje sobre três
pedidos que certamente iluminarão nossa vida. São pedidos enraizados na
sabedoria da vida, no bom senso e na reta razão.
1. Recomeçar sempre. Este pedido é realista e
sumamente positivo. Saber e querer recomeçar muitas vezes é a única solução que
temos. Recomeçar é próprio de quem tem esperança, deseja melhorar, aceita as
próprias fraquezas e confia em Deus, nos outros e em si mesmo. Recomeçar é um
ato corajoso, construtivo, positivo. O sucesso da vida consiste em recomeçar
depois do fracasso. Quem aceita recomeçar, ergue-se, recria a vida, reconstrói
a história, repara os males e os danos sofridos.

2. Perdoar sempre. O médico divino, Jesus de
Nazaré, receitou o perdão setenta vezes sete. O mestre sabia muito bem que pelo
perdão podemos resolver os piores problemas da vida humana. O perdão devolve a
paz interior, reata amizades e relacionamentos, apaga decepções, traz
consolação e alívio, cura o corpo, a alma, o coração. A porta que abre para a
prática do perdão é a compreensão.
Peçamos sem cessar a Deus a sabedoria de perdoar sempre, logo, de todo coração e com alegria. Perdoar não é fácil, mas é condição para uma vida sadia. Pelo perdão nossas emoções negativas que são venenosas, são curadas e substituídas por sentimentos bons e saudáveis. Quem perdoa tudo ganha, porque livra-se da raiva, rancor, mágoa e ressentimento. Jesus mesmo ensinou e praticou o perdão. Das sete palavras da Cruz, a principal é a que se refere ao perdão. Por outro lado, o perdão é a coluna que sustenta a oração do Pai Nosso. Sem o perdão, a oração que o Mestre ensinou, cai por terra. Tão necessário é o perdão, que o apóstolo Paulo escreve: “Não se ponha o sol sobre a vossa ira”, ou seja, não ir dormir sem perdoar. Para que possamos viver e conviver bem, é necessário e indispensável o perdão.
3. Alegrar-se sempre com as coisas pequenas. A
alegria já é em si uma bem-aventurança, mas, a alegria pelas coisas pequenas
tem um sabor especial. Um sorriso abre mil portas, um pequeno gesto realiza
milagres, as coisas pequenas e cotidianas vividas com alegria, transformam o
ordinário em extraordinário.
Alegria é uma atitude tão poderosa que transforma os ambientes, irradiando
sentimentos de maravilhamento, fascinação, otimismo. O bom humor e a capacidade
de saber brincar, fazer os outros rir é manifestação de amor, sensibilidade e
bondade. A alegria perfeita consiste em não perder a paz e a serenidade nas
injúrias e humilhações. A alegria da fé no amor de Deus por nós, o mundo nunca
poderá tirar. Temos muitas razões para sermos alegres, pois, alegria não é
barulho, algazarra, curtição, mas, um estado de alma agradecido.
Quem se alegra com as coisas pequenas encontra razões para ser melhor e sabe
dar sentido a todas as coisas. Pequenas alegrias são grandes remédios. A
alegria é possível. Ela chega até aos hospitais, aos casebres, às periferias,
aos circos etc. podemos e devemos ser apóstolos da alegria.
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